A Câmara dos Deputados aprovou hoje (17) o Projeto de Lei (PL) 1136/2019, que cria o Dia Nacional de Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher, a ser celebrado no dia 14 de maio. A iniciativa visa ajudar na conscientização e prevenção sobre os fatores de risco cardiovascular para ampliar e antecipar o diagnóstico dessas doenças na população brasileira, especialmente nas mulheres. O texto agora será analisado pelo Senado.

A data especial tem por objetivo estimular a realização de campanhas e ações do poder público em parceria com entidades médicas, em especial a Sociedade Brasileira de Cardiologia, universidades, escolas, associações e sociedade civil, na organização de palestras, eventos, e treinamentos sobre as doenças cardiovasculares na mulher.

A autora do projeto, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), justificou a iniciativa com o argumento de que as doenças cardiovasculares são as grandes causadoras de mortalidade no mundo e no país. Por isso a necessidade do alerta para fatores de risco para essas doenças cardiovasculares em mulheres, como a alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo.

De acordo com informações do Datasus, em 2019 as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por mais de 170 mil óbitos de mulheres no Brasil, representando a primeira causa de morte na população feminina e superando, até mesmo, o número de óbitos por neoplasias.

“Na maioria das vezes, as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas por ações de saúde pública que envolvem o controle de fatores de risco, assim como pelo manejo clínico otimizado dos pacientes. A redução das doenças cardiovasculares em mulheres no Brasil, e no mundo, é uma tarefa complexa, que depende de inúmeros agentes e de um esforço continuado”, justificou a deputada Mariana Carvalho.

Para a relatora deputada Rose Modesto (PSDB-MS), a divulgação de informações e a conscientização a respeito dos sintomas, dos cuidados a adotar e a formação de hábitos saudáveis são relevantes para proporcionar melhores condições de saúde para as mulheres do Brasil.

“Entre os benefícios [do projeto] cito a identificação precoce de sintomas e tratamento precoce de condições que tragam risco, como hipertensão, aumento de colesterol ou triglicerídeos, tabagismo e sedentarismo”, disse a relatora.

Agência Brasil

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