O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, começou a ser investigado após a delação premiada da Odebrecht, em 2017. Durante o depoimento aos procuradores da operação, o então diretor da empreiteira em São Paulo, Carlos Armando Paschoal, afirmou que durante um encontro recebeu de Alckmin um cartão de visita do cunhado dele, Adhemar Ribeiro.

Suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva, Alckmin (PSDB) foi indiciado, nesta quinta-feira, 16, pela operação Lava Jato eleitoral da Polícia Federal.

De acordo com informações do portal de notícias G1, foram indiciados também o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o advogado Sebastião Eduardo Alves de Castro. Alckmin foi governador de São Paulo entre 2001 e 200 e de 2011 a 2018.

“Quando eu entrei eu percebi que eles já tinham conversado. O doutor Alckmin pediu para a secretária um cartão que tinha um nome, os contatos, me entregou aquilo lá”, relatou Paschoal em delação.

Segundo o relato de Guilherme Paschoal, ele repassou R$ 2 milhões via Caixa 2 para a campanha de Alckmin, em 2010, onde o responsável por controlar os pagamentos seria Adhemar Ribeiro. De acordo o delator Benedicto Júnior, outro executivo da empreiteira, houveram pagamentos intermediados pelo então tesoureiro do PSDB, Marcos Monteiro.

“Governador quatro vezes de São Paulo, quase cinco décadas de vida pública, médico, Geraldo Alckmin sempre levou uma vida modesta e de dedicação ao serviço público. É uma referência de correção e retidão na vida pública. Tem toda a confiança do PSDB”, afirmou em nota o Partido da Social Democracia Brasileira.

O cunhado de Alckmin não foi indiciado, pois a PF considerou que os crimes praticados em 2010 já foram prescritos. Já Adhemar tem mais de 70 e, por isso, o prazo de prescrição cai pela metade.

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