O candidato à presidente da República pela Unidade Popular (UP), Leo Pericles, criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) pela suspensão da lei do Piso Nacional da Enfermagem. A medida havia sido tomada na semana passada pelo ministro Luís Roberto Barroso e está praticamente confirmada no plenário com os votos apresentados hoje (15): o placar parcial é de 7 a 3. Como falta a manifestação de Rosa Weber, os ministros ainda podem mudar sua posição.

“Falam fininho com os tubarões da saúde privada e grosso com trabalhadoras e trabalhadores, pois fecham os olhos para pagamento da dívida pública que consome metade do Orçamento anual”, escreveu o candidato nas redes sociais.

Ao longo do dia de hoje, o teto de gastos voltou a ser alvo de críticas de Leo Pericles durante agenda de campanha em Porto Alegre. “É para atender o interesse dos bancos. O grande privilégio que os bancos têm precisa acabar”, afirmou. Aprovada em 2016, a Emenda Constiticional 95 instituiu o chamado “teto de gastos”: despesas e investimentos públicos foram limitados aos mesmos valores gastos no ano anterior, corrigidos pela inflação. 

O candidato também prometeu anistiar dívidas de famílias pobres, que vivem com até dois salários mínimos. “Sempre no Brasil tem perdão de dívida dos muitos ricos, do agronegócio, dos bancos. Está recheado de casos na nossa história. Inclusive muito dinheiro público já foi usado pra evitar que banco quebre. Tivemos o Proef [Programa de Fortalecimento das Instituições Financeiras Federais], por exemplo, na década de 1990”, disse.

Agência Brasil

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