Uma moradora e seguidora da pagina nos procurou na tarde desta terça feira (12/03/2019) para relatar um acontecimento no mínimo frustrante.
Larissa de 22 anos saiu para entregar currículo com sua colega, e nos descreveu uma trágico fato vivido por mulheres em todo o lugar

No relato ela nos disse:

Hoje estive pelo centro de Carapicuíba por volta das 14:00 entregando alguns currículos, quando eu estava voltando para casa um rapaz
negro e magro passa por mim dizendo que beijaria minha boca toda, na mesma hora virei e xinguei ele e continuei andando.

Subindo a rua do Atacadista Assaí (Antigo Extra) um outro homem branco, gordo com altura aproximadamente de 1,65 chega perto e me diz “Ai como pegaria sua calcinha e chupava ela para bater uma punheta bem gostosa

Descreve Larissa

Ela ainda nos contou que estava com sua amiga e ambas ficaram em choque com a situação e com a cara de pau dos homens.

Hoje percebi que nós mulheres não podemos andar nem mais sozinhas porque estamos sendo assediadas, e muitas vezes dizem que são nossas roupas que fazem isso nos homens, mas se até com roupa sem decote não conseguimos mais respeitada.

Completa Larissa

Assédio Sexual

Esse depoimento apresentado por nossa seguidora abre os olhos para uma realidade vivida pelas mulheres em todo o Brasil, uma pesquisa feito pelo instituto Datafolha em 2018 aponta que 42% das mulheres relatam ter sofrido assédio sexual.

Os tipos de assédio mais comum são nas ruas e no transporte público. Nas ruas, de acordo com a pesquisa uma em cada três brasileiras adultas (29%) declara já ter sofrido assédio sexual, sendo que 25% que sofreram assédio verbal, e 3%, físico, além dos que sofreram ambos.

Já assédio em transporte público foi relatado por 22%, com incidência similar entre assédio físico (11%) e verbal (8%). O assédio no trabalho foi relatado por 15% das brasileiras, incluindo as formas de assédio físico (2%) e verbal (11%). Há ainda 10% que já foram assediadas sexualmente na escola ou faculdade (8% verbalmente, e 1% fisicamente) e 6% que já sofreram assédio dentro de casa (1% verbalmente, e 4% fisicamente).

Entre as mais jovens, na faixa de 16 a 24 anos, a taxa de vítimas de assédio nas ruas (45%) fica acima da média, e cai conforme o avanço da faixa etária, chegando a 11% entre os mais velhas, com 60 anos ou mais. Entre as mulheres com curso superior, fica acima da média o índice de vítimas de assédio na faculdade ou escola (16%), no trabalho (23%), no transporte público (32%) e nas ruas (33%)