Foco da redepartamentalização na Universidade Estadual Paulista foi reduzir assimetrias e fragmentações nessas estruturas
Noventa e dois dos 193 departamentos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) foram reconfigurados no processo de redepartamentalização, encerrado em 10 de dezembro pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária (Cepe) da instituição de ensino.
No total, após fusões e remembramentos realizados pelas unidades universitárias envolvidas, o processo resultou em 147 departamentos, compreendendo uma redução de 24%, ou 46 departamentos a menos.
Com a criação de sete novos departamentos nos campus recentemente consolidados (Dracena, São Vicente, Sorocaba e Tupã), que não tinham organização departamental ainda, o total de departamentos da Unesp foi para 154, com uma média de aproximadamente 21 docentes por departamento, ante média anterior que girava em torno de 14 professores (aumento da média em 50%).
Como parte da reforma acadêmica proposta em 2018 pela administração central da instituição, o trabalho buscou reduzir assimetrias e fragmentações existentes na estrutura departamental e foi norteado por princípios, parâmetros e critérios aprovados em 2018 pelo Cepe, que recebeu e analisou as propostas das unidades universitárias e também da Comissão de Redepartamentalização.
Propostas
O Cepe é a instância responsável pela política acadêmico-científica da Unesp e baseou a reestruturação departamental no agrupamento do trabalho dos docentes em três frentes diferentes e complementares: cursos de graduação em que atuam; cursos de pós-graduação nos quais estão credenciados como docentes e orientadores; subáreas de conhecimentos, tal como identificadas em seus currículos Lattes, indicando os campos de pesquisa e de extensão universitária.
“Todas as propostas apresentadas pelas unidades universitárias que respeitavam o Estatuto da Unesp foram aprovadas. Prevaleceram pensamentos e discussões sobre o que era melhor para o futuro da universidade”, explica o vice-reitor da Unesp, Sergio Nobre, presidente do Cepe.
Debate lançado no segundo semestre de 2018 e liderado pela Comissão de Redepartamentalização, a reestruturação departamental foi marcada por mais de um ano de discussões e está ocorrendo de modo sincronizado às eleições para chefes de departamentos, que deverão assumir em fevereiro de 2020, e ao segundo ciclo de Planejamento e Avaliação Departamental (2020-2021).
Workshop
Em março de 2020, um workshop com os novos chefes de departamento deve marcar o início desse planejamento. “Combater assimetrias e fragmentações é um caminho para você melhorar tecnicamente a universidade. Queríamos fortalecer curso de graduação, programa de pós-graduação, extensão e até mesmo a gestão. Para isso, tínhamos que modernizar essa forma de organizar. Esse foi um primeiro e pequeno passo que a Unesp deu em direção ao futuro”, salienta Wagner Vilegas, presidente da Comissão de Redepartamentalização.
Trata-se da primeira vez que a Unesp fez uma ampla e criteriosa reorganização de departamentos, dentro da perspectiva de uma reforma acadêmica. “Foi um processo difícil, criou tensões, mas podemos dizer ao fazer um balanço final que o resultado é extremamente positivo. Se houve pequenos equívocos em alguns momentos, no conjunto, a Universidade está melhor. E está melhor porque estamos tornando mais leves as estruturas administrativas, estamos propiciando novos modos de os colegas se organizarem”, enfatiza Maria Encarnação Beltrão Sposito, presidente da Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e uma das integrantes da Comissão de Redepartamentalização.
Além dos professores Wagner Vilegas e Maria Encarnação Beltrão Sposito, integraram a Comissão de Redepartamentalização os docentes Gilson Helio Toniollo, vice-presidente da CPA, Marcelo Andrés Fossey, presidente da Comissão de Contratação Docente (CCD), e Hilda Maria Gonçalves da Silva, vice-presidente da CCD.
Fonte: Cioeste
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